PROJETO VIGILÂNCIA EM SAÚDE E TERRITORIALIZAÇÃO

 

Este relatório tem como objetivo  apresentar análise sobre o uso pedagógico de iconografias (mapas, fotografias, gravuras) utilizadas nos Diagnósticos de Condições de Vida e Situação de Saúde das áreas de abrangência de Clinicas e Centros Municipais de Saúde da cidade do Rio de Janeiros produzidos por egressos do CTVISAU da EPSJV no período de 2011 a 2020 como parte das estratégias pedagógicas desenvolvidas nesse curso.

Para reunir as informações espacializadas foi utilizado o software “STORY MAPS”, um programa virtual que auxilia na produção de um relatório que “ajuda a dar sentido à informação promovendo a narração de histórias e conteúdo de qualidade na internet”.

O objetivo é fazer a disseminação de resultados parciais do Projeto de pesquisa “Vigilância em Saúde (VS) e a territorialização: modelo de atenção reorientador de práticas e saberes na Atenção Primária à Saúde (APS)”.

Os resultados apresentados fazem parte da análise de 49 Diagnósticos de Condições de Vida e Situação de Saúde das áreas de abrangência de Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade do Rio de Janeiro-RJ produzidos por egressos do Curso Técnico Vigilância em Saúde da EPSJV/FIOCRUZ no período de 2011 a 2020.

Fazer iconografia é literalmente escrever com imagens (do grego "εικών", "eikon", imagem, e "graphia", escrita). É como se fosse uma arte que se utiliza de uma linguagem visual (mapas ou imagens) com a finalidade de representar algum assunto. O uso de iconografias com base em categorias de análise para a vigilância em saúde possui uma função pedagógica que potencializa o conhecimento sobre as condições de vida e situação de saúde dos territórios para os profissionais de saúde que neles atuam.

O uso pedagógico de iconografias em técnicas de territorialização tem como finalidade contribuir na formação de egressos para a análise dos grupos sociais suas necessidades e riscos, seja por idade, sexo, localização geográfica, ambiente, saúde, cultura e educação, posição econômica e social e outros que, em sua totalidade se configuram em problemas específicos que determinam suas condições de vida e situação de saúde (CASTELLANOS, 1997). Esta abordagem contribui nos processos de trabalhos de Técnicos de Vigilância em Saúde nos territórios do SUS.

As técnicas de mapeamento e de produção de imagens tem potencial pedagógico uma vez que faz a mediação entre a realidade e o conhecimento para que determinados aspectos pedagógicos dessa mediação possam ser considerados no processo de territorialização das condições de vida e situação de saúde. A análise levou em consideração os seguintes aspectos:

- Como a imagem foi utilizada no aspecto geral e/ou singular da fotografia, para ilustrar o texto e fazer análise sobre as condições de vida e situação de saúde dos territórios?

- O desenvolvimento de mapas permite a visualização de tudo o que existe e acontece no seu território portanto,  de que forma o mapeamento foi realizado nas mais diversas escalas para delimitar espaços de atuação e/ou para localizar e relacionar informações do espaço geográfico  sobre as condições de vida e situação de saúde dos territórios?

-  Como foi realizado o relacionamento entre o uso das imagens e dos mapas na análise sobre as condições de vida e situação de saúde dos territórios?

A análise pedagógica teve como orientação para a seleção das iconografias as seguintes categorias:

a)      Localização Geográfica do território: delimitação da área de abrangência da UBS e da equipe da ESF;

b)      A história da ocupação – Rio de Janeiro e área de abrangência da UBS;

c)       Distribuição territorial dos recursos sociais, ecológicos, políticos e culturais – objetos naturais e construídos; processos produtivos, Escolas e Unidades de Saúde; Entidades Civis e locais de interação para comunicação em saúde – Rio de Janeiro e área de abrangência da UBS;

d)      Distribuição territorial da estrutura demográfica – Rio de Janeiro e área de abrangência da UBS;

e)      Distribuição territorial dos recursos da estrutura sanitária do território – Rio de Janeiro e área de abrangência da UBS;

 

f)       Situações de risco sanitário e ambiental para a saúde; das condições de moradia; de risco a saúde do trabalhador; e de vulnerabilidades socioambientais da área de abrangência da UBS e da equipe da ESF.

 

Neste trabalho específico, a coleta, os recortes das iconografias e as análises do uso pedagógico destas ferramentas está delimitada pela categoria de Distribuição territorial da estrutura demográfica – Rio de Janeiro e área de abrangência da UBS considerando as seguintes unidades:

 

·           C.F Sérgio Arouca, AP 5 - Santa Cruz/2012;

·           C.F Mário Dias de Alencar, AP 5 - Senador Camará/2013;

·           C.F Armando Palhares Aguinaga, AP 5 – Realengo/2017;

·           C.F Padre José de Azevedo Tiubá, AP 4 - Gardênia Azul/2012;

·           C.F Dante Romanó Júnior, AP 3 - Marechal Hermes/2020;

·           C.F Milton Fontes Magarão, AP 3 - Engenho de Dentro/2013;

·           Clínica de Saúde Santa Marta, AP 2 – Botafogo/2019;

·           CMS Oswaldo Cruz, AP 1 – Centro/2019.

 

Textos produzidos por:

 Maurício Monken – Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio EPSJV/Fiocruz;

Felipe Bagatoli Arjona - Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio EPSJV/Fiocruz;

Ney da Silva Junior – Secretaria Municipal de Saúde da Cidade do Rio de Janeiro - Agente de Vigilância em Saúde

Juliana Valentim Chaiblich - Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio EPSJV/Fiocruz.

 

 

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